“O desenvolvimento do Sistema Financeiro Nacional é tema transversal para o avanço econômico de diversos setores do país. Transparência e competição são dois pontos fundamentais nesse processo. A transparência, para que haja maior conhecimento e entendimento do nosso cenário, ao passo que a competição, como responsável por entregar as melhores soluções de desenvolvimento para o mercado.”
Com essa frase, a Jornalista e Mestre de Cerimônias, Mariana Godoy marcou a abertura do Evento Competição e Inclusão Financeira, realizado pelo Instituto ProPague em parceria com a Stone, no dia 14 de agosto de 2019, que contou com 5 mesas de debate entre especialistas de diversos setores. Confira a programação completa.
No primeiro painel, três dos maiores economistas do país, José Alexandre Scheinkman, Maria Silvia Bastos e Persio Arida, debateram como cada um enxerga o futuro do Sistema Financeiro Nacional. Com carreiras e projetos em diferentes áreas e notáveis para a história econômica recente, o público contou com um rico debate.
Scheinkman, professor da Universidade de Columbia, trouxe para a discussão a produtividade do setor financeiro, sugerindo que os ganhos nesse setor até agora não beneficiaram o resto da economia. Apontou que o aumento da tecnologia e o uso eficiente da informação terão capacidade de impactar esse cenário, podendo beneficiar a economia.
Maria Silvia, comentando das novas tendências do mercado, relembrou o papel da transparência em projeto relevante que liderou enquanto presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Destacou que o projeto trouxe clareza a custos e subsídios que estavam sendo praticados no mercado brasileiro, ao passo que a ausência deles impossibilitava a avaliação dos investimentos e não colaborava com a produtividade e o desenvolvimento da economia brasileira.
Persio Arida comentou como os custos de intermediação financeira podem ser indutores ou barreiras de crescimento e desenvolvimento no SFN. Como um dos pais do plano real, destacou a importância do plano para a economia brasileira e apontou que nossos avanços se fazem necessários nos dias de hoje, sobretudo uma “lei geral de garantias”.
Os economistas concordaram que o Sistema Financeiro Nacional se encontra num relevante período de desenvolvimento e inclusão financeira, apontando que projetos que virão nos próximos anos tendem a mudar radicalmente a forma como o brasileiro lida com sua vida financeira.