A transformação digital ainda está aquém do seu potencial

Pesquisa realizada em 11 países, incluindo o Brasil, revela que apenas 27% da capacidade da transformação digital foi alcançada. Ainda segundo o estudo, os pagamentos são o motor dessa transformação.
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Equipe Propague
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Ao longo dos últimos dez anos, a inovação avançou como nunca se viu. Consequentemente, a transformação digital seguiu e segue em ritmo acelerado, principalmente a partir de 2020, quando às restrições de circulação de pessoas impostas pela pandemia obrigou uma implementação ainda mais rápida. Entretanto, apesar da sensação de que houve um grande um salto no processo de digitalização, na verdade, há muito o que percorrer. Segundo um estudo que mede a transformação digital no mundo, ela atingiu apenas 27% de todo o seu potencial.

Iniciativa da PYMNTS em colaboração com a Stripe,  o estudo se chama Benchmarking The World’s Digital Transformation, The ConnectedEconomy™ Index (Ponto de Referência da Transformação digital no Mundo, Índice da Economia Conectada, na tradução livre). O documento correspondente ao primeiro quadrimestre de 2022 e propõe uma métrica para comparar o avanço da transformação digital em escala global..

Para compor o índice, a publicação entrevistou 15 mil consumidores em 11 países, que juntos respondem por praticamente a metade do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. São eles: Alemanha, Austrália, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Japão, Reino Unido e Singapura.

O trabalho foi desenvolvido através de entrevistas e análise do envolvimento dos entrevistados em 40 atividades dentro de dez pilares que representam uma economia conectada. O intuito era descobrir como e com que frequência os consumidores se envolvem em cada uma dessas tarefas, quais compras realizaram e os meios de pagamento que utilizaram. Com uma pontuação máxima de 100, o Índice ConnectedEconomy™ mede quanto cada país progrediu na jornada de transformação digital.

Principais conclusões sobre a transformação digital pelo mundo

Como resultado, o estudo destaca que:

  • 87% dos consumidores estão conectados à internet, mas apenas 19% estão fortemente engajados em atividades digitais;
  • O engajamento digital em todo o mundo atingiu apenas 27% de todo o seu potencial. Os EUA ocupam o quarto lugar com uma classificação de 30,3 no Índice, e Singapura é a mais alta com uma pontuação de 35;
  • A transformação digital precisa envolver pessoas de todas as idades para poder atingir todo o seu potencial;
  • A transformação digital acontece mais rapidamente quando os consumidores se envolvem em uma atividade digital e expandem o uso para outras com características digitais semelhantes;
  • As pessoas são quase 1,5 vezes mais propensas a se envolver em atividades criadas especificamente para o meio digital do que aquelas puramente transacionais, como operações bancárias ou compras no varejo;
  • Atualmente, os cartões estão impulsionando a transformação digital, mas os consumidores estão cada vez mais interessados ​​em alternativas de pagamentos, sobretudo carteiras digitais e transferências conta a conta.

O engajamento digital do Brasil

No contexto dos 11 países pesquisados, o Brasil atingiu uma pontuação de 30,1, ocupando a quinta posição no que se refere ao engajamento digital, ficando atrás apenas dos EUA (30,3), Reino Unido (31,1), Espanha (32,4) e Singapura (35,4).

De acordo com o estudo, 73,9% de sua população brasileira adulta (156,4 milhões de pessoas) têm acesso à internet, com 65% desse contingente possuindo um smartphone.

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Pagamentos como motor da transformação digital

De acordo com a publicação, os pagamentos configuram um dos pilares mais importantes para a transformação digital da economia global. Nesse sentido, a análise do comportamento dos consumidores nas 11 nações pesquisadas revelou como eles escolhem pagar pelos bens ou serviços que adquirem em seu país de origem ou fora dele.

Assim, verificou-se que o cartão é o meio de pagamento mais usado pelos consumidores em todos os países analisados, respondendo por 55% das transações em loja e 49% das transações digitais. Já as carteiras digitais representam quase dois terços (61%) de um total de 51% de todas as transações digitais que não são feitas com cartões.

Ao mesmo tempo, o estudo apontou que as transferências bancárias também são uma parte importante do ecossistema global de pagamentos, embora sejam muito mais usadas para fazer pagamentos de contas e de pessoa para pessoa (P2P) do que para compras no varejo. A saber, 33% de todos os pagamentos de contas e P2P online utilizam transferências bancárias, as quais, por sua vez, representam apenas 8% de todos os pagamentos de varejo.

Meios de pagamentos mais usados online

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