Assim como no Brasil, onde o Open Banking se expandiu e virou Open Finance, abrindo espaço para as mais diversas soluções e modelos de negócios, na Europa, esse sistema também continua a avançar. De modo que, à medida que o Open Banking ali se desenvolve, transformando o sistema financeiro na região, o cenário de pagamentos, consequentemente, ganha novos e importantes contornos.
A saber, uma série de parcerias entre as plataformas de finanças abertas, que facilitam os pagamentos contínuos entre contas, estão sendo criadas com várias empresas, prometendo inaugurar uma nova era das finanças abertas.
De fato, segundo os especialistas, é notório como Open Banking revoluciona os pagamentos, com grandes players do setor financeiro começando a explorar alternativas aos métodos de pagamento tradicionais.
Nesse aspecto, ganha força a oferta integrada de pagamentos, oferecendo uma experiência completa, onde os usuários podem iniciar e finalizar transações por meio de um fluxo redirecionado automaticamente (sem precisar, por exemplo, fechar o aplicativo de compra e abrir o do banco para finalizar a transação), permitindo as devidas autorizações e esperando-se, assim, uma experiência sem atrito.
Surge então a figura dos pagamentos abertos, um marco que protagoniza o espaço em desenvolvimento do Open Banking na Europa. E entre as primeiras iniciativas, as experiências observadas no Reino Unido e na Alemanha ilustram bem esse novo cenário nos pagamentos que emerge na região.
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Open Banking britânico e o setor de pagamentos
Recentemente, dois dos principais provedores de soluções de Open Banking do Reino Unido anunciaram iniciativas colaborativas que impulsionarão o setor de pagamentos e ajudarão um número maior de instituições a aproveitar todo o potencial da conectividade entre contas.
Uma delas, a Yapily, lançou sua nova solução de Pagamentos Recorrentes Variáveis (VRP na sigla em inglês). Com o VRP, para receber pagamentos, as empresas só precisam autenticar os consumidores uma única vez. Depois disso, os clientes podem fazer pagamentos de forma rápida e fácil, sem a necessidade de autenticação adicional.
Dessa forma, os lojistas podem receber automaticamente pagamentos de diferentes valores, oferecendo uma alternativa mais flexível e menos complicada aos pedidos permanentes e com débito direto.
As soluções de VRP estão em ascensão no Reino Unido, pois outros fornecedores também estão lançando suas versões. Visando esquentar a concorrência na prestação deste serviço, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) determinou que os nove maiores bancos do país devem apoiar o movimento, testando as alternativas.
Além disso, em outro impulso para o ecossistema de Open Banking do Reino Unido, o provedor de execução e resolução de dívidas CDER Group, que presta serviço para o governo e clientes comerciais, juntou-se à Ecospend para fornecer pagamentos conta a conta perfeitamente integrados. A solução está sendo chamada de “Pay-by-Bank”.
A ferramenta cria um canal de pagamento adicional com o qual as pessoas poderão fazer pagamentos por meio de seu próprio aplicativo bancário móvel ou online, sem a necessidade de compartilhar informações pessoais ou detalhes do cartão.
Pioneiro do Open Banking no mundo, o Reino Unido tem sido uma referência para a aplicação das finanças abertas em muitos países, incluindo aí o Brasil que o utiliza como benchmarking em seu planejamento. Dessa forma, vale ficar atento ao desenrolar do processo e às soluções emergentes em seu território.
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Pagamentos abertos: parceria com gestora alemã
Outra iniciativa que deve impulsionar o Open Banking na Europa é a parceria entre a Klarna Kosa e a plataforma de gestão financeira alemã Airbank, à medida que lança pagamentos bancários abertos para pequenas e médias empresas.
Graças ao novo acordo, a Airbank terá acesso seguro a informações de contas de 15.000 bancos em 26 países por meio da integração de API da Klarna. A saber, a empresa utiliza o Open Banking para fornecer informações de gastos a milhões de compradores que usam o seu aplicativo, provendo dados adicionais em tempo real.
Certamente, as novas soluções não devem parar por aí. Com o Open Banking avançando não só na Europa, mas também em outras regiões e países, a tendência é que outras ferramentas e modelos de negócios surjam com o tempo. Resta-nos acompanhar!
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