A Europa é considerada o berço do Open Banking, onde seu desenvolvimento está associado, principalmente, à Diretiva de Serviços de Pagamentos da União Europeia (PSD na sigla em inglês), que entrou em vigor em 2015. Posteriormente, uma segunda revisão (PSD2) aconteceu em 2018, configurando-se um marco na legislação das finanças abertas ao obrigar os bancos a abrir dados de contas a terceiros regulamentados.
Agora, a um passo do PSD3, um movimento significativo coloca a experiência europeia a serviço global: a fusão da Open Banking Europe com sua divisão internacional, a Open Banking Exchange, para formar uma única organização global chamada OBE.
Especialista em Open Banking e em conformidade regulatória, a Open Banking Europe é um grupo multipartidário que trabalha com autoridades regulatórias, bancos, provedores de serviços de pagamentos terceirizados e outras partes interessadas desse ecossistema. Sua missão é promover inovação, competição, eficiência e segurança em pagamentos online na União Europeia (UE).
Já a Open Banking Exchange, fundada em 2021 após o sucesso da Open Banking Europe, é conhecida mundialmente por orientar bancos centrais, autoridades reguladoras, e comunidades regionais, por meio de configurações operacionais e técnicas, implementação e operação de ecossistemas bancários abertos e finanças abertas.
Atualmente, além da Europa, a Exchange já tem regionais na Ásia, na América Latina (Chile, Colômbia e México) e no Oriente Médio (Arábia Saudita).
Assim, essa fusão – que resultará na OBE global – coloca a nova entidade em uma posição de destaque incomparável no sentido de pegar as melhores práticas e aprendizados de diferentes jurisdições e aplicá-las a ecossistemas semelhantes. Como resultado, poderá ajudar a orientar e moldar o desenvolvimento de Open Banking e Open Finance ao redor do mundo, segundo explicou em comunicado à imprensa, o diretor administrativo da Open Banking Europe, John Broxix, que liderará a OBE.
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Como será o trabalho conjunto da Open Banking Europe e da Exchange
Ainda de acordo com o comunicado à imprensa, a equipe de consultoria da OBE, que com a fusão reunirá membros tanto da Open Banking Europe como da Open Banking Exchange, trabalhará com bancos centrais, reguladores e participantes do mercado por meio dos seguintes vetores:
- Planejamento estratégico: a fim de estabelecer compromissos e metas nacionais e locais;
- Metodologias nacionais: onde especialistas do setor auxiliarão no projeto prático e operacional, na implementação da governança no nível do setor e nos arranjos técnicos e operacionais;
- Entrega de padrões: a OBE adaptará padrões para que eles se tornem aplicáveis em jurisdições específicas e atinjam os objetivos próprios de seus clientes; e
- Guias de melhores práticas e livros de regras: seus padrões funcionais e guias de melhores práticas permitirão que os participantes do mercado cumpram os objetivos regulatórios.
Vale destacar também os programas regionais de associação da OBE. Eles permitem que os participantes dos ecossistemas Open Banking e Open Finance se reúnam e colaborem com especialistas no assunto.
Dessa forma, relata a entidade, é possível moldar a indústria de forma proativa e conjunta, criando oportunidades comerciais, solucionando eventuais problemas e eliminando riscos. Além disso, conforme a OBE, autoridades certificadoras, instituições financeiras, fintechs, reguladores e provedores de serviços em finanças abertas podem participar desses programas.
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