Aplicativos financeiros: downloads cresceram 175% no Brasil nos últimos 4 anos

O país contabilizou um dos maiores aumentos globais juntamente com o México, Indonésia e Argentina.
Aplicativos financeiros: downloads cresceram 175% no Brasil nos últimos 4 anos
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Equipe Propague
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Em todo o mundo, os celulares continuam a dominar o cotidiano das pessoas. Para se ter uma ideia, em 2021, os usuários gastaram 3,8 trilhões de horas em dispositivos móveis, ou cerca de 4,8 horas por dia, segundo o relatório State of Mobile 2022, recentemente divulgado pela App Annie, empresa conhecida por prover análise de dados de aplicativos móveis. O volume, que representa um acréscimo de 19% em comparação com 2019, resultou ainda em um aumento significativo no número de downloads de aplicativos. No ano passado, foram registrados 230 bilhões, sendo um dos destaques os aplicativos financeiros, com 5,9 bilhões de downloads.

Nesse cenário, o Brasil chama a atenção não apenas pelo tempo médio gasto pelos consumidores ante a tela do celular, como também pelo volume de downloads de aplicativos financeiros. Em 2021, os brasileiros, juntamente com os indonésios e sul-coreanos atingiram a média de cinco horas por dia usando seus smartphones, um acréscimo de 30% na comparação com 2019, ou seja, bem acima da média mundial.

E, embora não seja um dos maiores mercados do mundo no uso de aplicações financeiras, o país contabilizou um dos maiores aumentos globais em downloads de aplicativos financeiros nos últimos quatro anos. Com um salto de 175%, o Brasil só ficou atrás do México, Indonésia e Argentina, com 250%, 185% e 180%, respectivamente.

Aplicativos financeiros como alternativa aos bancos de varejo

Na avaliação da App Annie, a presença de três países latino-americanos no topo do ranking de crescimento de downloads de aplicativos financeiros se explica porque na região há uma quantidade relevante de pessoas desbancarizadas ou sub-bancarizada.

Nesse sentido, o estudo aponta que os consumidores estão mais dispostos a experimentar alternativas aos bancos de varejo, por quem não se sentem adequadamente atendidos, como os bancos digitais: instituições que já nascem 100% digitais, sem uma rede de agências bancárias ou outras estruturas tradicionais. Conforme o exposto, tais bancos tendem a ser mais acessíveis a quem não tem score de crédito, assim como se destacam por oferecer cadastro simplificado e recursos personalizados mais adequados a necessidades específicas de vários perfis de consumidores.

Além disso, fazendo um recorte por geração de usuários, apesar de os bancos de varejo serem amplamente usados pela Geração X e pelos Baby Boomers em todas as regiões, o relatório identificou que a Geração Z é mais propensa a utilizar aplicativos financeiros, como os de negociação e bancos digitais. Um exemplo é preferirem usar aplicativos de transferência de dinheiro, pois estão cada vez mais à vontade utilizando seus telefones celulares como forma de pagamento em vez de dinheiro.

Aplicativos de e-commerce

O relatório State of Mobile 2022 também traz informações sobre o tempo gasto pelos consumidores em aplicativos de compras. Segundo o documento, em 2021, foram mais de 100 bilhões de horas dispendidas globalmente. De 2019 para cá, o indicador aumentou 18% ano a ano.

Ademais, entre os países com o crescimento mais rápido, o Brasil também foi destaque, com 45% de aumento, atrás apenas da Indonésia e de Singapura, com 52% e 46% de acréscimo ano a ano, respectivamente.

Ao mesmo tempo, o estudo revela que os aplicativos de marcas estrangeiras aumentaram sua presença global, elevando a participação de mercado em 11% em algumas regiões, por conta dos downloads internacionais, transferindo a participação de mercado para marcas não nativas em muitas localidades.

No Brasil, os aplicativos internacionais responderam por 52% de todos os downloads de aplicativos de varejo em 2021, um aumento de participação de 11% em relação ao ano anterior.

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