Cibersegurança se consolida e fará parte do futuro da economia digital

A necessidade de inovação em cibersegurança se tornou urgente devido ao surgimento de riscos associados às novas tecnologias e plataformas digitais, especialmente na Ásia, devido ao crescimento do comércio eletrônico e do uso de tecnologias de informação na região.
Cibersegurança se consolida e fará parte do futuro da economia digital
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Equipe Propague
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A cibersegurança é uma preocupação crescente na Ásia devido ao crescimento do comércio eletrônico e do uso de tecnologias de informação em diversas áreas como serviços financeiros, serviços públicos, comércio e regulação.

Nesse sentido, a segurança cibernética é vista como um pilar para a jornada de transformação digital, afinal tem o potencial de elevar a confiança na economia digital e reduzir as dificuldades enfrentadas pelas empresas ao migrarem para plataformas digitais.

Além disso, à medida que inovações tecnológicas surgem ou são incorporadas na economia, a indústria de segurança cibernética precisará inovar constantemente para fornecer novas soluções e serviços. Com isso, os players do mercado devem estar atentos e investindo para garantir a oferta das soluções necessárias.

Esse cenário complexo tem exigido o envolvimento de diferentes agentes, como instituições privadas, organismos internacionais e agências reguladoras. Logo, para entender o impacto desse tema e os rumos da cibersegurança nos próximos anos, o Fórum Econômico Mundial (WEF) publicou uma pesquisa feitas com diversas instituições e lideranças empresariais dos diferentes segmentos associados à transformação digital.

Cresce a confiança do setor privado nas regulamentações para segurança cibernética

De acordo com essa pesquisa, a natureza das ameaças cibernéticas vem sofrendo com transformações e mudanças ao mesmo passo que as inovações tecnológicas são incluídas nos serviços e estruturas ofertadas nesses setores. Agentes e participantes desses segmentos se preocupam em como os ataques cibernéticos podem perturbar ou causar disfunção de operações comerciais e, consequentemente, prejudicar a reputação das empresas.

Nesse sentido, cerca de 43% dos líderes organizacionais entrevistados acreditam na possibilidade de que aconteça um ataque cibernético que afete significativamente sua própria organização dentro dos próximos dois anos. Por isso, as preocupações com proteção de dados e segurança cibernética criadas pela fragmentação geopolítica estão influenciando cada vez mais como as empresas operam e em quais países elas investem.

Os líderes empresariais reconhecem que o risco de cibersegurança em sua organização é impactado pela qualidade da segurança em toda a sua cadeia de fornecedores e clientes. Eles planejam lidar com estas preocupações fortalecendo os controles para terceiros com acesso a seus sistemas e dados, além de reavaliar os contatos de rede e negócios.

No entanto, ainda de acordo com a pesquisa, os executivos tendem mais a se concentrar em soluções internas de gerenciamento de risco cibernético, enquanto os responsáveis pela segurança dão prioridade a colaborações com outras organizações. De uma forma ou de outra, a busca por soluções tem impulsionado o mercado de segurança cibernética que tem crescido de forma rápida.

Mercado de cibersegurança vem crescendo globalmente

Atualmente, o mercado de segurança cibernética global é avaliado em cerca de US$ 198 bilhões e, de acordo com a YAHOO Finance, é esperado que ele atinja US$ 657 bilhões até 2030, com taxa de crescimento anual de aproximadamente 12,8%.

Já o mercado de cibersegurança na região Ásia-Pacífico atingiu o valor 30,5 bilhões em 2019 e, de acordo com a Mordor Intelligence, deve crescer a uma média anual de 18,4% até 2026, ou seja, um crescimento esperado acima da média global.

Os setores de saúde e serviços financeiros serão provavelmente os mais impactados em caso de violação de dados, enquanto o setor de Serviços Financeiros, Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC); manufatura; varejo e profissionais, são os mais visados pelos ataques cibernéticos.

Nesse sentido, os especialistas apontam as tendências de cibersegurança e novas abordagens de segurança da informação vindas da região pacífico-asiático para os próximos anos. Em geral, as iniciativas devem se voltar para a proteção dos serviços médicos conectados, proteção de compartilhamento de dados internacionalmente e serviços em nuvem.

Percebendo esse cenário, empresas do segmento estão se mobilizando e o mercado voltado para cibersegurança vai se consolidando.

Cibersegurança de serviços médicos digitais estão entre tendências no ASEAN

Os gastos com segurança cibernética da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) foram estimados em US$ 1,9 bilhão em 2017, representando 0,06% do PIB da região. Prevê-se que os gastos da ASEAN em cibersegurança tenham uma média de crescimento anual de 15% até 2025.

As três principais economias – Singapura, Malásia e Indonésia – provavelmente impulsionarão uma parcela significativa desse crescimento, representando 75% do mercado até 2025. Espera-se que a Indonésia, as Filipinas, o Vietnã e a Malásia tenham o maior crescimento à medida que abordam as lacunas na infraestrutura e o cenário de serviços gerenciados evolui.

A crescente compreensão das empresas sobre a importância de economizar dinheiro e recursos ao transferir seus dados para a nuvem em vez de construir e manter novos drives de armazenamento de dados é que impulsiona a demanda por soluções baseadas em nuvem, aumentando assim a adoção de serviços de segurança on-demand.

O uso soluções baseadas em nuvem gera preocupações com segurança dos dados

Devido a esses benefícios, pequenas, médias e grandes empresas na região estão cada vez mais adotando soluções baseadas em nuvem. Nos próximos anos, as plataformas e ecossistemas de nuvem devem ser a base para a maioria das inovações digitais.

Nesse sentido, de acordo com o relatório da CISCO sobre cibersegurança, a região Ásia-Pacífico tende a ter uma maior porcentagem de infraestruturas hospedadas na nuvem com 16% das empresas entrevistadas totalmente ou quase totalmente na nuvem. Esse valor é significativamente maior do que a média global de 9%.

Com a crescente adoção de serviços na nuvem tem aumentado incorporação de soluções de segurança cibernética on-demand. Empresas como a Microsoft relataram ao aumento do interesse por tecnologias de proteção de endpoint, isto é, proteções voltadas para os dispositivos dos usuários finais, como desktops, notebooks e telefones celulares contra a instalação de software malicioso e indesejado.

 

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