Banco Central lança Catálogo de Ativos Financeiros: modernização e competitividade como foco

Conheça o novo Catálogo de Ativos Financeiros do Banco Central que promete aumentar a transparência, simplificar processos, e revolucionar o sistema financeiro brasileiro ao padronizar e unificar informações sobre ativos financeiros!
Banco Central lança Catálogo de Ativos Financeiros: modernização e competitividade como foco
Data
Autor
Morgana Tolentino
Produto
Compartilhar

Em primeiro de julho de 2024 entrou em vigor nova norma do Banco Central do Brasil (BCB) determinando a criação do Catálogo de Ativos Financeiros (CAF). Com a iniciativa, a autoridade monetária busca promover a padronização e a consolidação de informações, o que estimula a competição no setor e marca mais uma etapa da modernização do sistema financeiro brasileiro.

Catálogo de Ativos Financeiros: o que é?

Em 12 de junho deste ano o BCB publicou a Resolução nº 329, que instituiu o Catálogo de Ativos Financeiros, uma iniciativa que terá o papel de unificar e padronizar dados referentes aos ativos financeiros, como CDBs, letras financeiras, recebíveis, entre outros.

Com o CAF, a autoridade promove a uniformização das terminologias utilizadas, além da criação de códigos para identificação e diferenciação dos ativos financeiros negociados no mercado, tornando os processos de autorização e supervisão mais rápidos e eficientes. A medida visa simplificar esses processos e diminuir possíveis discrepâncias entre registradoras e os depositárias no registro desses ativos.

O CAF também promete trazer mais transparência para os registros, já que as entidades envolvidas deverão disponibilizar publicamente uma versão atualizada do novo Catálogo referente aos ativos transacionados.

A norma conta, ainda, com exigências sobre interoperabilidade do sistema, facilitada pelo modelo de padronização das informações e que deve impulsionar a concorrência no setor.

Criação do Catálogo de Ativos Financeiros visa mais concorrência e modernização

Apesar de não ser uma iniciativa diretamente ligada à Agenda BC# (a atual agenda de trabalho da autoridade monetária nacional), é interessante notar como a criação da CAF se relaciona, sobretudo, com o pilar da competitividade da Agenda.

A partir das exigências de interoperabilidade, espera-se incentivar a portabilidade em mais um segmento do sistema financeiro brasileiro, um movimento conhecido por fomentar a concorrência. Ademais, a maior transparência bem como a simplificação de processos também podem ser importantes para reduzir assimetria entre os players, estimulando a entrada de mais participantes no mercado.

Além disso, o CAF também se conecta com a Agenda BC# no sentido em que a agenda de trabalho é baseada na modernização do sistema financeiro nacional, sendo a criação do Catálogo por si só um instrumento de digitalização e que pode, ainda, ser usado para facilitar outras iniciativas de modernização do setor financeiro, como a digitalização dos títulos de crédito, entre outros.

 

Morgana Tolentino é pesquisadora do Instituto Propague e doutoranda em economia pela UFRJ.

Veja mais:

Banco Central abre os códigos do Pix para o mundo: seremos referência global?

Pagamentos internacionais: Pix pode ser solução mais viável

Todos os produtos

Quer se
aprofundar mais?

Com uma linguagem simples de entender, as análises do Instituto Propague vão te deixar por dentro dos principais temas do mercado.

Leia agora!