Marketplaces: o que são e o que representam para o mercado digital

Considerados um dos canais de vendas de maior sucesso do e-commerce, os marketplaces já são utilizados por mais de 85% dos consumidores brasileiros como principal plataforma para compras online.
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Equipe Propague
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Desde que a primeira loja virtual surgiu, o e-commerce passou por grandes e profundas transformações, percorrendo uma trajetória de expansão que, hoje, culmina em diferentes modelos de mercado digital. Entre eles, um dos maiores sucessos do mercado digital: os marketplaces.

Esse modelo de negócio online, além de reunir muitos benefícios tanto para comerciantes como para consumidores, é altamente atrativo para esses públicos. Tanto que, no acumulado de 2022, os marketplaces totalizaram cerca de 1,15 bilhão de acessos no país, segundo o relatório “Setores do e-commerce no Brasil”, deixando o segmento com o melhor desempenho do varejo eletrônico no ano.

Além disso, conforme o estudo “Marketplaces: hábitos e tendências do consumidor brasileiro”, lançado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e a empresa de pesquisas Toluna, 85% dos consumidores brasileiros já utilizam os marketplaces como plataforma principal para compras online. Ao passo que 80% dessas pessoas usam a ferramenta como meio de consulta antes de comprar.

Contudo, apesar dessa performance, o que são marketplaces e como eles funcionam ainda são questões que não estão claras para grande parte dos usuários de internet, que costumeiramente confundem lojas virtuais com essa outra plataforma de vendas online. Se este é o seu caso, ou se deseja saber mais sobre marketplaces, confira a nossa explicação!

O que são e como funcionam os marketplaces?

Por definição, os marketplaces podem ser sites ou aplicativos que facilitam aos consumidores realizar suas compras de muitas fontes diferentes em uma única plataforma. Em outras palavras, os marketplaces são espaços virtuais que conectam diversos vendedores a compradores.

Consequentemente, os consumidores conseguem acessar uma grande variedade de produtos e marcas, bem como condições de envio e pagamento distintas em um só lugar, facilitando, assim, a procura.

Nesse processo, todas as transações, desde a apresentação dos produtos ao pagamento são administradas pelos proprietários dos marketplaces. No entanto, vale ressaltar que estes não possuem estoques, sendo o fornecimento e, às vezes, a entrega responsabilidades do fornecedor de cada produto. Nesse caso, o que acontece, é que o estoque de variados varejistas é apresentado diretamente aos usuários, facilitando assim o alcance e a venda.

Atualmente, modelos de marketplaces bastante conhecidos são a Amazon, o eBay, Mercado Livre, Shein, entre tantos outros, que vendem de tudo para todos.

Porém, não é só do comércio varejista que vive esse canal de vendas online. Setores como o de hospedagem e transportes, por exemplo, também possuem marketplaces a fim de conectar fornecedores a quem deseja contratar seus respectivos serviços. Alguns expoentes nesses setores são o AirBnB e o Uber.

Portanto, como se vê, os marketplaces são, na prática, como grandes shopping centers virtuais, que começaram a dar os primeiros passos em meados dos anos 1990 nos Estados Unidos. A partir daí, esses negócios online foram crescendo gradativamente até se tornarem os atuais gigantes do mercado digital. Enquanto isso, no Brasil, os marketplaces começaram a se popularizar a partir de 2010.

Ademais, além dos marketplaces de varejo, ou B2C, que conectam diretamente lojistas a consumidores, temos ainda outros dois tipos: B2B, que viabiliza a relação entre empresas e fornecedores, e C2C, onde os próprios consumidores vendem entre si.

Qual a relação entre e-commerce, marketplaces e lojas virtuais?

É mais comum do que se imagina que as pessoas se refiram aos marketplaces como e-commerce em geral ou como uma simples loja virtual. Mas, ao contrário do esperado, eles guardam suas diferenças.

Melhor explicando, o e-commerce é todo e qualquer ambiente online onde ocorre uma compra. É algo mais amplo e engloba muitos atores. Nesse sentido, ele pode ser tanto um site; como uma rede social; um aplicativo de mensagem; e, inclusive, um marketplace.

Desse modo, isso quer dizer que, mesmo que os marketplaces façam parte do e-commerce, eles não resumem esse mercado como um todo. Afinal, há muito mais canais e modelos de comércio digital nesse universo do que somente os marketplaces.

Ao mesmo tempo, os marketplaces também não são simples lojas virtuais, apesar desses dois modelos de negócios guardarem muitas semelhanças. Porém, a diferença fundamental entre eles está no fato de que, nas lojas virtuais, tudo é administrado de ponta a ponta pela empresa responsável pela loja ou marca.

Na prática, a loja virtual, ao gerenciar a plataforma, cuida da venda dos produtos, da cobrança e da logística de entrega. Além disso, nas lojas virtuais, é possível que o proprietário tenha uma maior autonomia na apresentação da sua loja virtual através da criação de um layout para a empresa conforme os elementos da sua marca, oferecendo ao consumidor uma experiência visual mais personalizada.

Por outro lado, conforme adiantado, nos marketplaces, diversas empresas usam uma mesma plataforma para vender, pagando em troca uma comissão. Aqui, não é possível nenhuma personalização e o espaço disponibilizado é destinado exclusivamente para exibir os produtos como em uma vitrine e suas condições de venda.

Em suma, dentro de um marketplace, todos os produtos das diferentes lojas e marcas estarão expostos, com o estoque sendo de responsabilidade de cada uma delas, assim como o envio da mercadoria. Contudo, há casos em que a empresa gerenciadora do marketplace também pode responder pela logística de entrega.

Por que os marketplaces são atrativos para vendedores?

Percebendo essa alta adesão do modelo por parte dos consumidores, os vendedores perceberam nessa forma de mercado digital vantagens e benefícios de expandir sua marca e o alcance dos seus produtos. São eles:

  • Estrutura: esse canal disponibiliza toda a expertise e tecnologia necessária para que a empresa venda seus produtos online e receba com facilidade.
  • Maior visibilidade: como os marketplaces possuem tráfego elevado de visitantes, a captação de clientes é mais rápida, alcançando diversas partes do país e até mesmo do exterior.
  • Investimento reduzido: esse tipo de plataforma integra tudo que se precisa para divulgar, vender, faturar e entregar os produtos, reduzindo os custos.
  • Escalabilidade: os marketplaces também são uma forma mais lucrativa de fazer com que as vendas aumentem rapidamente, principalmente dado o custo.
  • Credibilidade: por serem grandes plataformas, geralmente com uma marca já consolidada e confiável, fica mais fácil concretizar vendas.

Porém, vale destacar que esse modelo de negócios pode, eventualmente, oferecer algumas limitações para os vendedores que optarem por usar do marketplace para alcançar seu público consumidor. Algumas dessas limitações podem ser:

  • A perda de identidade visual: ao colocar produtos para vender em marketplaces, a identidade visual passa a ser a dessas plataformas gestoras do marketplace, o que faz com que o consumidor atribua a credibilidade ao nome delas;
  • O impacto sobre a personalidade da marca: apesar de uma marca vir identificado na hora da venda, ainda assim, o cliente comprará daquele marketplace e não diretamente de quem fornece o produto;
  • As comissões e taxas: os marketplaces cobram um percentual sobre as vendas pelo serviço;
  • A dependência: isto acontece se uma empresa vende exclusivamente por meio de marketplaces. Assim, se um dia uma plataforma encerrar suas atividades ou passar por mudanças que inviabilize a continuidade da relação, esta empresa também poderá ter que encerrar sua operação.

 

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