Compartilhamento de dados financeiros desperta interesse de mais brasileiros

Estudo recentemente divulgado sobre o Open Finance revela que existe uma menor preocupação dos clientes bancários em permitir a partilha de suas informações com as instituições financeiras.
Compartilhamento de dados financeiros desperta interesse de mais brasileiros
Data
Autor
Equipe Propague
Produto
Compartilhar

Requisito crucial para o sucesso do Open Finance, o compartilhamento de dados financeiros tem despertado o interesse de mais brasileiros. Segundo os resultados de uma nova pesquisa divulgada pela Ipsos e a TecBan, mais da metade dos entrevistados (52%) mostrou-se disposta a partilhar essas informações. Cenário bem diferente do observado em 2018, primeiro ano do levantamento, quando essa proporção era de 39%.

Esse resultado vem acompanhado, ainda, por uma menor preocupação dos brasileiros em permitir o compartilhamento de dados com outras instituições. Enquanto há quatro anos quase 60% demostravam receio em fazê-lo, agora, essa parcela caiu para 34%.

Aliás, à medida que as finanças abertas evoluíram no Brasil, saindo do Open Banking para o Open Finance, outras preocupações da população sobre a utilização do sistema também diminuíram.

Acesse aqui para saber a diferença entre Open Banking e Open Finance.

De acordo com o estudo, de 2019 a 2023, preocupações relativas ao compartilhamento de dados diminuíram:

  • Preocupações com crimes financeiros caíram de 48% para 36%;
  • Preocupações com acesso caíram de 34% para 24%;
  • Preocupações com uso indevido caíram de 49% para 34%;
  • Preocupações com perda do anonimato caíram de 39% para 29%;
  • Preocupações com proteção dos dados caíram de 41% para 28%.

preocupações relativas ao compartilhamento de dados

Além disso, o levantamento revelou que quase 50% dos clientes bancários que têm conhecimento sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) se dizem mais seguros em permitir o compartilhamento de dados.

Na avaliação de fontes ligadas à TecBan, esses índices são fruto não somente do advento da LGDP, como também da maior educação financeira da população e das pessoas estarem começando a enxergar os benefícios do Open Finance, traduzidos em mais produtos e serviços financeiros adequados ao seu perfil.

Aplicações do Open Finance impulsionam compartilhamento de dados

Outra conclusão da pesquisa foi que as aplicações do Open Finance apontadas pelos respondentes justificam o interesse pelo Open Finance e o consequente compartilhamento de dados.

Entre essas aplicações, se destacam: ferramenta inteligente de comparação; aplicativo financeiro único; processo de solicitação de crédito mais rápido e pagamentos instantâneos a partir de sites e aplicativos.

Dessas, a mais valorizada pelos entrevistados é a possibilidade de poder fazer pagamentos instantâneos por meio de sites e aplicativos, com 39% dos entrevistados considerando a facilidade extremamente atraente ou muito atraente e 35%, atraente.

Em seguida, está a oportunidade de ter um aplicativo tudo-em-um, que remete aos agregadores financeiros do Open Finance. Com relação a essa aplicação, 37% dos respondentes disseram que consideram isto extremamente atraente ou muito atraente e 34%, atraente.

Na sequência, apareceu a solicitação de crédito mais célere, com 36% afirmando achar extremamente atraente ou muito atraente e 35%, atraente.

Finalmente, com relação à proposta de ferramenta de comparação inteligente, 35% apontaram a aplicação como extremamente atraente ou muito atraente e 36%, como atraente.

Prioridades e demandas futuras em finanças abertas

Além do maior interesse no compartilhamento de dados financeiros e de uma menor preocupação em permitir a partilha dessas informações, os resultados do levantamento indicaram uma escalada de demandas dos usuários em relação ao sistema de finanças abertas.

Encabeçam a lista: segurança, para 57% dos respondentes; fazer transações do dia a dia através do aplicativo, como pagamentos de contas da casa (50%) e serviços de alimentação e de transportes (48%); e a oferta de descontos com base nos hábitos de compras (47%).

Na sequência, estão a possibilidade de ter uma ferramenta para auxiliar e gerenciar as finanças (43%), ferramentas para pagamentos a amigos e familiares (38%), dicas de educação financeira (23%) e recomendação de serviços com base no histórico de gastos (22%).

Ademais, apesar de o setor financeiro ter testemunhado um avanço acelerado no uso das tecnologias digitais, representando uma significativa mudança no comportamento tecnológico e bancário do consumidor final, a pesquisa aponta que ainda é notável o relacionamento dos bancarizados com o caixa eletrônico.

Por isso, destaca, os provedores de serviços devem olhar para a convergência dos canais de acesso às finanças utilizados pela população como uma oportunidade para o avanço do Open Finance.

Para chegar aos resultados, foram ouvidas cerca de 1.000 pessoas, entre homens e mulheres das classes A, B e C e com acesso à internet em todo o território nacional.

Veja também:

Do Open Banking ao Open Everything: o compartilhamento de dados em benefício do cliente

Dados no Open Finance: BC sinaliza sistema de recompensas por compartilhamento

Você vai poder ganhar recompensas compartilhando dados no Open Finance? Entenda as novidades!

Open Finance: exploração e análise de dados são prioridade

A era digital expõe bancos centrais a desafios de tratamento e governança de dados

Todos os produtos

Quer se
aprofundar mais?

Com uma linguagem simples de entender, as análises do Instituto Propague vão te deixar por dentro dos principais temas do mercado.

Leia agora!