Ataques cibernéticos evoluem, exigindo políticas de cibersegurança das organizações

Além dos modelos como até então se conhecia, as ameaças cibernéticas estão tomando novos formatos, fazendo com empresas precisem agir proativamente, tomando medidas apropriadas para se protegerem.
Ataques cibernéticos evoluem, exigindo políticas de cibersegurança das organizações
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Equipe Propague
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A proliferação de ataques cibernéticos e a consequente insegurança que ronda as organizações ocupam a oitava posição entre os maiores riscos globais, seja no curto ou no longo prazo, segundo a edição de 2023 de um relatório do Fórum Econômico Mundial acerca das questões que ameaçam o planeta.

Entre os riscos oriundos dos ataques cibernéticos estão desde ocorrências relacionadas à segurança da informação, a exemplo de vazamento de dados, a fraudes, impactando significativamente empresas e instituições.

Quando se olha para o Brasil, chama a atenção o fato dele aparecer entre os dez países que mais contabilizam ataques cibernéticos classificados como ransomware, caracterizados pelo sequestro e a criptografia de dados das empresas, com os cibercriminosos reivindicando um pagamento para liberar novamente as informações.

Cenário que se agrava ainda mais quando, segundo uma pesquisa da Cisco, 70% das organizações brasileiras dizem esperar que uma eventualidade na segurança cibernética venha a interromper suas atividades dentro de um a dois anos, sendo que quase 30% delas não se consideram suficientemente amadurecidas para suportar os ataques cibernéticos.

Fraude como serviço: ameaça emergente no cenário cibernético

Se não bastassem os cibercrimes como até então se conhecia, uma nova ameaça está ganhando destaque na era digital: a fraude como serviço ou FaaS na sigla em inglês.

Entre os ataques cibernéticos emergentes, a FaaS é o que tem o maior potencial de aumentar substancialmente a insegurança das organizações, pois representa, por assim dizer, uma “democratização” das fraudes.

Isto porque, fornece serviços, ferramentas e infraestrutura relacionados à fraude por criminosos cibernéticos a outros criminosos ou indivíduos que tenham a motivação, mas não o conhecimento técnico ou recursos especializados para cometer fraudes.

Para isso, os provedores de FaaS costumam usar infraestruturas sofisticadas baseadas em nuvem e os serviços são normalmente oferecidos na dark web, onde o anonimato é garantido, e os pagamentos feitos em criptomoedas, ajudando os fraudadores a evitar a detecção.

A saber, existem vários tipos de fraude que podem ser cometidos usando FaaS, mas os mais comuns incluem:

  • Phishing, tipo de ataque de engenharia social em que o invasor envia um e-mail ou mensagem que parece ser de uma fonte legítima solicitando informações pessoais;
  • Kits com dados pessoais para criação de contas fraudulentas;
  • Fraudes de cartão de crédito, ou seja, o uso não autorizado de um cartão de crédito para fazer compras ou sacar dinheiro;
  • Lavagem de dinheiro e contas mula, estas usadas para receber dinheiro fruto de roubo;
  • Controle de conta, tipo de fraude em que um invasor assume o controle da conta da vítima e a utiliza para transações não autorizadas;
  • Comprometimento de e-mail comercial, em que o invasor finge ser um executivo sênior de uma empresa e solicita transferências eletrônicas, informações privilegiadas ou outras informações financeiras; e
  • Plataformas falsas de negociação de criptomoedas.

A importância das políticas de cibersegurança na proteção contra os ataques cibernéticos

Para combater os ataques cibernéticos, os especialistas em segurança da informação são taxativos em afirmar que é essencial que indivíduos e organizações entendam completamente os riscos envolvidos e tomem proativamente as medidas apropriadas para se protegerem.

Nesse contexto, é preciso contar com uma política de cibersegurança bem alinhada, principalmente tendo em vista a necessidade de estar em conformidade com as leis atuais de proteção de dados, incluindo dados pessoais de funcionários e clientes.

Partindo dessa premissa, um artigo recentemente publicado pela consultoria EY, por exemplo, destaca que esse tipo de política deve conter diretrizes voltadas para cinco funções ou capacidades fundamentais: identificação dos riscos; proteção dos ativos de informação; localização de ameaças em evolução; resposta aos riscos que se concretizam; e recuperação de danos gerados por uma ameaça.

Além disso, como o erro humano é o principal vetor dos problemas de segurança cibernética nas organizações – cerca de 95% das incidências, segundo o Fórum Econômico Mundial -, quando se fala em proteção contra os ataques cibernéticos, também se deve promover a conscientização sobre o assunto por meio da educação dos funcionários, a fim de não correr riscos desnecessários, sejam eles operacionais, financeiros ou reputacionais. Principalmente em tempos de trabalho remoto, que ganhou força com a pandemia.

 

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