Inclusão financeira está revolucionando o acesso às finanças na Índia

A inclusão financeira tem o potencial de reduzir a desigualdade, acelerar a inovação e potencializar a geração de empregos. Por isso o Banco Central da Índia formulou a sua estratégia de inclusão financeira para os anos 2019-2024. A iniciativa é mais um passo para consolidar a transformação do sistema financeiro indiano.
Inclusão financeira está revolucionando o acesso às finanças na Índia
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Equipe Propague
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A inclusão financeira é cada vez mais reconhecida como um importante instrumento para acelerar o crescimento econômico e reduzir a desigualdade em todo o mundo. Sua evolução contribui para a criação de empregos e para o aumento dos investimentos em capital humano.

Isso porque, sem acesso adequado a serviços financeiros formais, indivíduos e empresas precisam confiar em seus recursos limitados ou contar com fontes de financiamento informais para atender às suas necessidades financeiras em busca de oportunidades de crescimento.

Levando em conta o potencial de contribuição social que a inclusão financeira tem, um sistema financeiro inclusivo apoia a estabilidade, a integridade e o crescimento equitativo. Por isso, a Índia moldou sua Estratégia Nacional de Inclusão Financeira para o período de 2019-2024.

A estratégia foi responsável por estabelecer a visão e os principais objetivos das políticas de inclusão financeira na Índia, ajudando a expandir e sustentar esse processo em nível nacional por meio da convergência de ações envolvendo diversos atores do setor financeiro.

Nesse sentido, os objetivos foram pensados, justamente, para funcionar como orientadores dos planos de ação e dos atores envolvidos, facilitando o processo de convergência.

Entenda os objetivos de inclusão financeira da Índia

O Banco Central da Índia (RBI) estabeleceu, entre os seus objetivos principais, garantir o acesso universal a serviços financeiros, de modo que cada vila tenha acesso a um provedor de serviços formais dentro de um raio de 5 quilômetros.

A partir disso, pretende-se garantir um conjunto de serviços financeiros básicos a todo adulto, incluindo uma conta de poupança, crédito, um produto de micro seguro de vida e não vida, um produto de pensão e um produto de investimento.

Aliado a inclusão financeira, o RBI incluiu como objetivo ampliar o acesso aos programas de subsistência e desenvolvimento de habilidades. Isto é, por meio de um esforço coordenado entre os bancos, agências governamentais e de desenvolvimento de habilidades, novos entrantes no setor financeiro podem ser fornecidos com informações sobre os programas de desenvolvimento de habilidades em curso e de subsistência do governo.

Seguindo essa direção a estratégia nacional pretende ampliar a educação financeira da população com módulos básicos de alfabetização financeira e com a divulgação de materiais orientados a grupos alvo, como crianças, mulheres e aposentados.

Por fim são parte dos objetivos a proteção ao consumidor e a coordenação entre governo, reguladores, provedores de serviços financeiros e institutos de treinamento para garantir que os clientes sejam capazes de usar os serviços de forma sustentada.

Mas como alcançar a inclusão financeira?

É importante ressaltar que não basta determinar os objetivos de inclusão financeira, é preciso estabelecer como alcançá-los. De acordo com o relatório do RBI, o primeiro passo é fornecer uma infraestrutura de rede digital robusta e eficiente para todos os pontos de atendimento.

Recomenda-se, também, estender a infraestrutura financeira digital a bancos cooperativos, bancos especializados (bancos de pagamentos, bancos de pequenas Finanças, entre outros) e entidades não bancárias, como lojas de fertilizantes, escritórios dos órgãos de governo local, centros de atendimento e instituições de ensino para promover a transparência nos serviços oferecidos aos clientes.

Resultados da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira até aqui

O Banco Central da Índia desenvolveu um índice para medir os níveis de inclusão financeira em nível nacional para que os formuladores de políticas públicas consigam mapear os pontos de desenvolvimento e a escala de sucesso das estratégias aplicadas.

O FI-Index é publicado anualmente, em julho, e é construído levando em conta acesso (35%), uso (45%) e qualidade (20%) dos serviços financeiros, computados com base em uma série de indicadores.

E ao que tudo indica, a estratégia nacional indiana vem dando resultados. Graças aos planos de inclusão financeira em desenvolvimento, o FI-Index saltou de 43,4 em 2017 para 53,9 em 2021.

 

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