Inteligência artificial e ESG podem ser a nova tendência do mercado

Ao automatizar tarefas, identificar padrões e fazer previsões, a inteligência artificial está revolucionando a maneira como se pensa em sustentabilidade, ajudando as empresas a reduzirem os riscos.
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Equipe Propague
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O quanto a inteligência artificial pode contribuir na abordagem e solução de uma série de questões relacionadas as diversas áreas de negócios já não é mais novidade. Cada vez mais, se assiste essa tecnologia se tonar acessível, podendo ser incorporada no dia a dia das organizações.

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Ao mesmo tempo, a pauta ESG (sigla em inglês para sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança) está chamando atenção e ganhando especial relevância em diferentes agendas do mercado.

Dessa forma, segundo um estudo da consultoria Gartner, foi analisado como a inteligência artificial e ESG podem caminhar lado a lado, considerando como as demandas de sustentabilidade, social e de governança lideram as tendências e iniciativas da atualidade e que, por sua vez, podem ser impulsionadas pelas novas tecnologias.

O destaque para a inteligência artificial associada ao ESG se explica pela elevada capacidade de processamento de dados, aprendizado de máquina e análise preditiva da inteligência artificial. Com isso, ela é capaz de desempenhar um papel fundamental na identificação, monitoramento e redução de desafios ambientais, sociais e de governança.

Os critérios de ESG vêm sendo progressivamente considerados na atração de investidores, condição essencial para a sustentabilidade de qualquer empresa. Portanto, apontam os analistas de mercado, fazer uso da inteligência artificial é fundamental para se preparar para esse desafio.

Como a inteligência artificial auxilia na melhoria dos indicadores ESG

De fato, justifica Gihan Hyde, CEO da CommUnique, startup de comunicação em ESG, ao automatizar tarefas, identificar padrões e fazer previsões, a inteligência artificial está revolucionando a maneira como se pensa em sustentabilidade, ajudando empresas a reduzir seu impacto ambiental, melhorar sua responsabilidade social e fortalecer sua governança.

Nesse sentido, em artigo publicado na plataforma Fintech Futures, a especialista lista algumas das formas como a inteligência artificial é capaz de aprimorar as práticas ESG na esfera corporativa. São elas:

  • Análise de dados: auxiliando as empresas a identificar tendências, acompanhar o desempenho e tomar decisões mais informadas;
  • Avaliação de risco: a inteligência artificial pode ser usada para avaliar a exposição de uma empresa a riscos ESG, como mudanças climáticas, práticas trabalhistas e governança corporativa. Dessa forma, essas informações podem servir para desenvolver estratégias a fim de mitigar riscos e proteger a reputação de uma empresa;
  • Investimento: possibilitando identificar oportunidades de investimento sustentáveis e desenvolver estratégias de aplicação de recursos alinhadas com os objetivos ESG de uma organização;
  • Conformidade: nesse aspecto, automatizando tarefas da área, como revisar registros regulatórios e identificar lacunas. Isso pode ajudar as empresas a diminuírem custos e melhorar a eficiência;
  • Envolvimento: onde a inteligência artificial pode ser usada para envolver as partes interessadas e coletar feedback sobre as iniciativas ESG.

O impacto positivo na sustentabilidade dos serviços financeiros

Já quando se olha especificamente para o setor de serviços financeiros e fintechs, Hyde destaca inicialmente como os bancos estão usando a inteligência artificial, por exemplo, para melhorar suas práticas de empréstimo.

Nesse caso em específico, a tecnologia permite avaliar a qualidade de crédito de um mutuário com mais precisão, o que pode ajudar a reduzir o risco de inadimplência nas operações.

Com relação às seguradoras, ela afirma que a inteligência artificial está auxiliando a desenvolver produtos e serviços mais alinhados com os objetivos ESG, prevendo possíveis riscos e, assim, precificando melhor as suas apólices.

Na área de investimentos, emenda, a tecnologia possibilita identificar oportunidades relacionadas a projetos sustentáveis, selecionando empresas a partir de critérios ESG, como baixas emissões de carbono ou fortes práticas trabalhistas.

No que diz respeito aos reguladores, a inteligência artificial vem sendo usada para monitorar os mercados financeiros em busca de riscos ESG, identificando empresas que estejam violando os regulamentos de sustentabilidade, acrescenta Hyde.

Contudo, ela avalia que à medida que a inteligência artificial continua a se desenvolver, pode-se esperar maneiras ainda mais inovadoras de usar as soluções tecnológicas para tornar o setor financeiro cada vez mais sustentável.

A outra face da moeda

Por outro lado, a CEO expõe que, apesar de a inteligência artificial ser um recurso poderoso para melhorar a sustentabilidade ambiental, social e a governança nas organizações, é importante estar ciente das possíveis desvantagens e que medidas adotar para mitigá-las.

Conforme disse, entre os aspectos desfavoráveis a serem levados em conta estão:

  • Os modelos de inteligência artificial são treinados baseados em dados e, se esses dados forem tendenciosos, o modelo também será. Isso pode levá-los a tomar decisões injustas ou discriminatórias;
  • Como ocorre a coleta e análise de grandes quantidades de dados, cresce as preocupações com relação à privacidade;
  • Ao mesmo tempo, enquanto os sistemas de inteligência artificial conseguem automatizar muitas tarefas atualmente executadas pelo homem, eles levam, por sua vez, ao deslocamento do trabalho, podendo substituir mão de obra;
  • Finalmente, ao passo que as soluções de inteligência artificial se tornam mais sofisticadas, elas podem ficar mais difíceis de controlar pelos humanos. Dessa maneira, as decisões tomadas pelos sistemas podem não ser interessantes ou adequadas para os indivíduos.

 

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