Apps de cripto: uso avança globalmente com destaque para a América Latina

Em todo o mundo o uso de aplicativos financeiros vem crescendo, com destaque para os apps de criptomoedas. Especialmente no continente latino-americano, onde a alta chegou a 182% no quarto trimestre de 2021.
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Equipe Propague
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O uso de aplicativos (apps) continua em alta em todo o mundo, puxado sobretudo pela pandemia de Covid-19. Em 2021 o ecossistema de aplicações móveis registrou um crescimento surpreendente tanto na quantidade de downloads como no número de sessões, onde o segmento de finanças foi um dos destaques. Nesse contexto, os apps de cripto alcançaram a dianteira em termos de engajamento, superando, inclusive, os de negociação de ações.

Segundo o relatório Fintech Deep Dive: Digital Currencies 2022 Playbook, uma espécie de manual de moedas digitais, publicado pela Adjust, o crescimento mundial de apps de cripto deu um salto de 902% no último trimestre de 2021, onde se sobressai o mercado latino-americano com taxa de crescimento de 182%.

Em comunicado, Guilherme Kapos, diretor comercial da Adjust na região, avaliou que esse acréscimo exponencial e uma base de usuários bastante engajada foram capazes de tornar os aplicativos a principal porta de entrada para as criptomoedas na América Latina.

Ainda de acordo com ele, à medida que a disputa por clientes nesse mercado aumenta, os apps de cripto, assim como de finanças como um todo, precisam maximizar seu trabalho de aquisição de usuários, ou UA (na sigla em inglês), otimizar os desembolsos com publicidade e medir precisamente cada etapa da jornada do cliente.

Além do panorama sobre o desempenho dos apps da categoria, o relatório traz as tendências de engajamento dos usuários nesses apps em comparação às aplicações de negociação de ações. Destaca, ainda, insights importantes sobre como os apps de cripto podem aumentar a atração e a retenção de clientes.

Estatísticas sobre os apps de cripto

Entre as descobertas evidenciadas pelo estudo, a taxa de crescimento global ano a ano no volume de downloads subiu em torno de 400%. Nesse quesito, o maior acréscimo se deu no quarto trimestre de 2021, cerca de 106%. Por outro lado, registrou-se queda de 49% ao longo do segundo e terceiro trimestres.

Com relação ao engajamento dos usuários, os apps de cripto apresentaram melhor desempenho ante os que negociam ações. As métricas revelam que em 2021, a duração de cada acesso, número de sessões diárias, taxa de retenção e aderência foram bem superiores.

Uma das explicações para tal é que esse progresso está diretamente correlacionado com o comportamento do mercado de criptomoedas, informa o relatório. Nesse contexto, a quantidade de acessos cresceu em torno de 63% entre 2019 e 2020 (refletindo o aumento nos downloads) e, em 2021, deu um salto de 567%.

Quando se fala especificamente em América Latina, o mercado do Brasil registrou evolução significativa, contabilizando um acréscimo de praticamente 1.000% na aplicação em criptomoedas, conforme dados da Hashdex.

Para o Adam Blacker, vice-presidente de Insights da Apptopia, esses números revelam aumento gigantesco na procura por carteiras, assim como por corretoras de criptomoedas, desde 2021. Tanto que se espera que os apps de cripto permaneçam crescendo juntamente com as moedas digitais, afirma.

Representatividade do apps financeiros no setor

A Adjust lançou também o guia Mobile app trends 2022: a global benchmark of app performance (Tendências de aplicativos móveis 2022: uma referência global de desempenho de aplicativos, na tradução livre). De acordo com a publicação, os downloads e acessos de aplicativos financeiros em geral vêm aumentando globalmente em 34% e 53% ano a ano, respectivamente.

Nesse universo, os apps de cripto e de negociação de ações representam 2% e 7% de todos os downloads, nessa ordem. Mas, por outro lado, equivalem a 6% e 17% dos acessos, respectivamente.

Chama a atenção o fato de que os apps de cripto tiveram a maior duração média por acesso em 2021, com mais de 15 minutos, revelando o quão engajado é o seu público. Enquanto isso, os apps de negociação de ações registraram tempo médio de sessão de 11,7 minutos e os apps de pagamentos e de bancos tiveram cerca de 5 minutos em tempo médio de acesso em igual período.

Ainda segundo o guia, quando se olha para o desempenho regional dos apps de finanças, a América do Norte ficou no topo dos downloads, com um aumento de 69% em relação ao ano anterior, seguida pela América Latina, com 62%.

 

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