IA generativa amplia conformidade das empresas às regras fiscais

Entre os principais benefícios da adoção da tecnologia está o ganho de produtividade, o que permite que os profissionais da área possam dedicar mais tempo e recursos em processos críticos e ações corretivas.
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Equipe Propague
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Entre os muitos benefícios decorrentes da adoção da inteligência artificial, principalmente a inteligência artificial generativa (IA generativa), está a melhoria na gestão de conformidade das organizações.

Segundo análise publicada pela Agência EY, como os departamentos fiscais das empresas se veem imersos em uma série de processos repetitivos, demandando bastante tempo dos profissionais, a IA generativa surge como ferramenta transformadora para automatizar o tratamento das obrigações tributárias.

Uma das principais características dessa tecnologia é o potencial de processar e analisar um grande volume de dados. Assim, é possível fornecer percepções analíticas e auxiliar os usuários na tomada de decisões, deixando-os com tempo e recursos para focar em áreas críticas e ações corretivas.

Esse excesso de obrigações resulta em uma projeção de investimento médio da ordem de US$ 3,6 milhões em tecnologia no próximo triênio, contemplando inclusive a IA generativa, conforme estudo da consultoria EY.

No Brasil, estima-se que as empresas apliquem cerca de R$ 67 bilhões anualmente em atividades para calcular e pagar tributos sobre consumo. O dado é do Movimento Brasil Competitivo (MBC), baseado em números da EY e da Endeavor.

Esse valor considera as mais de 1.500 horas, em média, consumidas a cada ano com tais atividades. A IA generativa tem o potencial de diminuir drasticamente essa quantidade de tempo, trazendo celeridade no atendimento das diversas obrigações fiscais aplicáveis aos negócios, independentemente do setor.

Economia e inovação

Na avaliação da EY, a agilidade trazida pela IA generativa, juntamente com a economia de recursos, também proporciona inovação para as empresas, considerando os insights fornecidos pela tecnologia.

Com mais tempo à disposição, o argumento é de que os profissionais da área fiscal terão condições de coletar e explorar os dados tributários com a finalidade de antecipar tendências para o negócio.

A inovação tem o potencial duplo de diminuir os custos relacionados à execução de uma atividade, a exemplo de tempo e esforço, e dar oportunidade de conquistar novas perspectivas, segundo Denis Balaguer, líder de inovação da EY.

Isso porque a IA generativa pode elaborar novos conteúdos, os quais podem ser direcionados para fins tributários, como a obtenção de incentivos por conta da inovação.

De acordo com Giovanni Schiavone, líder da EY para Transformação Fiscal no Brasil, a IA generativa pode ser treinada para entender os requisitos exigidos pela legislação.

Integração da IA generativa com o Sistema Público de Escrituração Digital

O próximo passo da IA generativa, segundo a Agência EY, é gerar inteligência fiscal para as organizações a partir da análise dos sistemas dos órgãos estaduais da Fazenda e do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), este capitaneado pela Receita Federal do Brasil.

Esses órgãos contemplam informações de tributos como o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), entre outros.

Nessas bases de dados há uma série de informações relacionadas ao negócio das empresas, como volume de compras, fornecedores com melhores preços etc. Se bem utilizadas, essas informações podem gerar insights para as organizações, aprimorando a tomada de decisão e a obtenção de melhores resultados.

Em resumo, o líder de Impostos da EY Brasil, Waine Peron, afirma que contar com uma avaliação criteriosa dos dados tributários pode influenciar a estratégia da organização como um todo. Nesse contexto, surgem decisões importantes, como a definição de localização ideal para unidades fabris, centros de distribuição e redesenho da malha logística, levando-se em consideração a tributação correspondente a cada local.

Portanto, a aplicação da IA generativa à área fiscal pode levar a cenários financeiramente mais benéficos para as empresas.

Recente pesquisa da EY identificou que cerca de seis em cada dez dirigentes de empresas em todo o mundo concordam parcial ou totalmente que a IA é positiva, trazendo eficiência e mais resultados qualitativos para toda a sociedade.

 

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