Carteiras móveis conquistam o consumidor e deixam carteiras físicas para trás

Cada vez mais, cresce o número de usuários que tem preferência por carteiras móveis, uma vez que essas atendem as suas necessidades. A expectativa é que, nos próximos anos, eles não carreguem mais bolsas ou carteiras físicas para realizar compras e pagamentos.
Carteiras móveis conquistam o consumidor e deixam carteiras físicas para trás
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Equipe Propague
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Com a crescente popularidade dos smartphones e dos pagamentos digitais, principalmente sem contato, as carteiras móveis estão cada vez mais acessíveis, deixando as carteiras físicas irrelevantes para boa parte dos consumidores, sobretudo os mais jovens. Afinal, a experiência de compra se torna mais segura e conveniente pois exige menos esforço de tirar o cartão de crédito ou de débito da carteira.

Além disso, também elimina a necessidade de carregar os cartões físicos sempre que sair, pois eles estarão armazenados nas carteiras móveis instaladas no celular. O procedimento é simples e intuitivo, uma vez que, na hora de pagar, é só aproximar o dispositivo da maquininha de cartão.

Não é à toa que em países como o Reino Unido, pouco mais da metade dos consumidores (51%) acredita que com a facilidade dos pagamentos digitais, as carteiras físicas estão perdendo a importância.

Segundo uma pesquisa da Mastercard, um em cada cinco pessoas diz não esperar carregar uma carteira ou bolsa dentro de cinco anos (21%). Um número que aumenta para 38% entre os millennials (nascidos entre 1980 e 1995). Essa pesquisa também mostra que mais da metade dos jovens britânicos de 18 a 24 anos prefere carregar seu smartphone em vez de uma carteira ou bolsa física (55%) e que pouco menos de um terço dessa geração agora identifica a carteira digital em seu telefone como método de pagamento preferido (31%).

Enquanto isso, 41% dos entrevistados da Geração Z (nascidos a partir de 1996), dizem que não esperam comprar uma carteira ou bolsa física novamente, enquanto em toda a população adulta do Reino Unido, 49% afirmam que só carregam carteira ou bolsa física porque é útil ter outros cartões, como os de fidelização, e documentos de identificação.

O trunfo dos pagamentos sem contato

Uma coisa é certa: a popularidade das carteiras móveis tem como grande aliado o contactless, tecnologia que permite fazer pagamentos por aproximação, viabilizada por outra tecnologia, no caso o NFC.

Além disso, a dobradinha carteiras móveis e contactless agrega valor ao mercado de cartões. Afinal, o consumidor tem a possibilidade de ter todos os exemplares que possui sempre à mão, guardados em um único local: o celular.

Isso facilita, inclusive, a sua vida financeira, pois o usuário poderá gerenciar melhor as suas contas, tendo a opção de diferentes datas de pagamento, de acordo com o vencimento de cada cartão, já que eles estarão sempre consigo, mesmo que não fisicamente.

O resultado dessa evolução tecnológica no mercado de cartões se reflete no ranking de meios de pagamentos mais utilizados em compras presenciais, segundo o white paper “Pagamentos Digitais: a infraestrutura por trás do fenômeno que transformou o setor”, lançado pelo Instituto Propague.

Com base em dados do relatório global de pagamentos do FIS, a publicação mostra que enquanto em 2021, 29% das compras presenciais foram pagas usando carteiras móveis, em 2025 esse número deverá saltar para 39%.

Esse movimento pode ser explicado, por exemplo, pela pesquisa “The Mobile Wallet Challenge: Replacing Physical With Digital” (O desafio da carteira móvel: substituindo o físico pelo digital na tradução direta), uma parceria da PYMNTS com a ACI Worldwide.

A pesquisa ouviu 2.059 consumidores norte-americanos com o intuito de conhecer seu nível de conforto e interesse em usar carteiras móveis para gerenciar suas finanças e armazenar informações pessoais confidenciais.

Conforme o estudo, pouco mais da metade dos consumidores guarda informações de cartão de débito ou crédito de um cartão físico ou virtual em suas carteiras móveis.

Carteiras móveis podem ir além de pagamentos

Outro fator que puxa a popularidade crescente das carteiras móveis é que algumas delas conseguem ir além de pagamentos. Isso porque já existem exemplos que também permitem armazenar cartões de fidelidade e de recompensas, ingressos, cartões de transporte e até documentos pessoais, como a carteira de motorista.

Isto é comum em países como os Estados Unidos, segundo também revela o estudo PYMNTS com a ACI Worldwide, onde as carteiras físicas estão ficando mais leves, pois os consumidores consideram as carteiras móveis uma maneira mais conveniente de armazenar, além de cartões de pagamento, todos os itens citados.

Tanto que para mais da metade dos consumidores da Geração Z, sua carteira móvel pode substituir a maioria dos recursos de sua carteira física, sem perder qualidade e funcionalidade. Ao passo que, dois em cada cinco, acreditam que as carteiras móveis podem substituir todos os itens tradicionalmente armazenados em carteiras convencionais.

Nessa amostra, os consumidores mais jovens são mais propensos a ver as carteiras móveis como uma substituição da carteira física: 50% dos consumidores da Geração Z acreditam que as carteiras móveis podem suplantar a maioria ou todos os recursos das carteiras físicas.

Porém, as gerações mais velhas também enxergam possíveis casos de uso para carteiras móveis: 84% dos baby boomers (atualmente com idade entre 65 e 75 anos) e 87% dos consumidores da Geração X (nascidos nos anos 1960 e 1970) acreditam que as carteiras móveis podem substituir pelo menos algumas partes de uma carteira física.

Contudo, na média geral, os consumidores já armazenam pelo menos três tipos diferentes de cartões de identificação, ingressos para eventos ou chaves virtuais em uma carteira móvel, com a geração do milênio liderando mais uma vez.

 

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