Chatbots no varejo: investimento deve crescer 500% em cinco anos

A chegada dos modelos de linguagem aberta deve melhorar a relação custo-benefício da implementação dos chatbots, barateando seu uso em maior escala por pequenos varejistas online.
Chatbots no varejo: investimento deve crescer 500% em cinco anos
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Equipe Propague
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Os chatbos são programas de computador baseados em Inteligência Artificial (IA) que utilizam tecnologia projetada para simular interações de conversação com humanos, incluindo processos automatizados acionados a partir desses contatos. Eles vêm sendo usados pelo varejo online no marketing, suporte ao cliente e processamento de pagamentos.

Contudo, apesar de todas as vantagens atreladas à ferramenta, nem todos os negócios, principalmente os pequenos e médios varejistas, conseguem ter acesso a esse tipo de solução.

Isso ocorre, apontam os especialistas, devido aos altos gastos necessários para o treinamento dos algoritmos apoiados por IA, o que faz, inclusive, com que os chatbots não sejam historicamente uma prioridade para estratégias omnichannel de muitos comerciantes.

No entanto, essa situação tende a mudar. É o que revela uma recente pesquisa da Juniper Research. Segundo a empresa, os gastos globais com chatbots no varejo eletrônico devem alcançar, em cinco anos, US$ 72 bilhões ante apenas US$ 12 bilhões projetados para o fechamento de 2023, o que corresponde a um salto de cerca de 500% no período.

ChatGPT surge como grande disruptor

Conforme o estudo, grande parte desse crescimento será impulsionado pela chegada dos modelos de linguagem aberta com uma boa relação custo-benefício.

Especialmente o ChatGPT, argumenta Frederick Savage, autor da pesquisa, viabilizando, assim, uma ampla adoção dos chatbots pelos pequenos varejistas, com a redução dos custos de implementação.

A saber, os modelos de linguagem aberta são compostos por grandes redes neurais que são ensinadas a partir de quantidades substanciais de informações online e aprendem com pouca supervisão humana.

Nesse sentido, o ChatGPT, que é um grande modelo de linguagem aberta generativo, funciona como um chatbot.

Aliás, ele é considerado a demonstração mais surpreendentemente avançada das ofertas e capacidades reais e concretas que a IA possui. Como resultado, foi apontado pela imprensa especializada como o mais perfeito chatbot fundamentado em inteligência artificial já criado para o grande público.

Dessa forma, isso teve implicações imediatas e adoção em vários setores, principalmente no mercado de soluções de chatbots, com alguns dos maiores fornecedores globais adotando modelos de linguagem extraídos diretamente do ChatGPT ou pelo menos estimulados e inspirados por ele.

Ásia-Pacífico desponta na projeção dos gastos globais com chatbots

Para chegar à estimativa de gastos globais da ordem de US$ 72 bilhões na adoção de chatbots no varejo online, o estudo aponta que a região da Ásia-Pacífico despontará na liderança. Os países ali situados responderão por cerca de 85% desse montante, apesar dessa parte do planeta representar apenas 53% da população mundial.

Nesse sentido, a publicação destaca as fortes parcerias que os aplicativos de mensagens mais populares localmente estabeleceram com uma ampla gama de varejistas online, revertendo-se em níveis elevados de credibilidade nos chatbots como um canal de comunicação com as empresas.

Contudo, o lançamento de mais modelos de linguagem aberta em todo o mundo também impulsionará uma forte expansão da utilização dessas ferramentas fora do território asiático e dos países localizados no Pacífico.

De modo que até 2028, projeta-se que a parcela de gastos globais com chatbots no varejo caia para 66% nessas localidades. Isso se explica pelo de fato de que os varejistas online em outras áreas, sobretudo da América do Norte e Europa, também devem ampliar o uso de chatbots em suas atividades.

Para potencializar esse crescimento dos chatbots fora da Ásia-Pacífico, o relatório conclui, portanto, que os fornecedores dessas soluções foquem nos comerciantes online europeus e norte-americanos.

 

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