O uso de cartões virtuais promete dar um salto considerável ao longo dos próximos cinco anos. A modalidade, que vem impulsionando ainda mais o mercado de cartões, deverá experimentar um crescimento no volume de transações de cerca de cinco vezes, ou o equivalente a 400%, em relação ao patamar atual.
É isso o que aponta uma nova pesquisa da Juniper Research. Segundo a publicação, a quantidade de operações globais com cartões virtuais está estimada em 36 bilhões para o final de 2023, e pode atingir 175 bilhões até 2028.
Na prática, os cartões virtuais substituem os cartões físicos usando um número gerado aleatoriamente, geralmente temporário, vinculado ao documento original. Esse número aleatório, por sua vez, é a única informação necessária para processar uma transação. Assim, os detalhes de pagamento genuínos não são necessários e podem ser preservados.
Portanto, os cartões virtuais fornecem uma maneira segura de efetuar pagamentos, ao passo que também são capazes de gerenciar com eficácia os limites de gastos dos usuários.
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Uso de APIs fomenta crescimento do mercado de cartões virtuais
De acordo com a pesquisa, as plataformas de emissão via Interfaces de Programação de Aplicativos (APIs na sigla em inglês) são as principais responsáveis pelo incremento projetado no volume de transações com cartões virtuais.
A facilidade de uso das APIs é o que permite às empresas adotarem soluções, que podem ser facilmente implementadas e dimensionadas de acordo com as necessidades de cada negócio, nessa modalidade de cartões.
Conforme Daniel Bedford, um dos colaboradores da pesquisa, ao oferecer APIs de serviços bancários como serviço com cartões virtuais, os fornecedores capacitam as empresas para lançar seus próprios programas desse tipo de cartão.
Por isso, ele recomenda que os provedores de cartões virtuais se concentrem em modelos habilitados para APIs, maximizando, assim, a flexibilidade oferecida pela ferramenta.
Capacidade de integração também é peça-chave para o sucesso
Outro fator fundamental para o aumento no volume de transações com cartões virtuais, aponta o estudo, é a possibilidade de a plataforma de emissão poder se integrar com facilidade ao sistema da própria empresa e à sua infraestrutura.
Por exemplo, os cartões com foco em compras, explica Bedford, precisam ser integrados ao software de contas a pagar para automatizar renovações, registrar pagamentos e gerar recibos digitais.
Por conta disso, ele aconselha que as plataformas de emissão sejam capazes de se integrar a uma ampla gama de softwares de terceiros nos principais setores relacionados ao uso dos cartões, a fim de maximizar o seu sucesso.
Principais aplicações para os cartões virtuais
Juntamente com a projeção de crescimento no uso de cartões virtuais, o estudo destacou as principais aplicações para a modalidade. São elas:
- Realização de pagamentos B2B (de empresa para empresa) mais rápidos, através de um processo de transferência de fundos quase instantâneo, e facilidade de integração dos cartões virtuais podem facilmente entre empresas. Isso não acontece com outros métodos de pagamento, como o cheque, que possui um processo lento de compensação;
- Gerenciamento de despesas, visto que os cartões virtuais são capazes de ser rastreados e monitorados para acompanhamento de gastos, porque os usuários podem visualizar o histórico de transações, verificar saldos e receber notificações em tempo real à medida que os pagamentos são feitos. Ao mesmo tempo, podem ser adaptados para ter limites de gastos e bloquear comerciantes específicos, o que permite que as empresas confiem em seus funcionários para fazer compras em contas corporativas sem esperar pela aprovação;
- Transações Internacionais, já que podem reduzir as taxas de conversão de moeda, proporcionando aos usuários segurança extra durante uma viagem. Além do que, os cartões virtuais podem ser convertidos em tempo real, permitindo aos usuários fazer compras online em lojas localizadas fora de seu país de origem que não suportam sua moeda. Isso é benéfico, portanto, para as empresas que operam em uma cadeia de abastecimento internacional, facilitando o pagamento aos fornecedores na sua própria moeda, melhorando as relações comerciais e simplificando a contabilidade.
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