Fintechs devem priorizar educação financeira e IA, revela pesquisa

Pesquisa aponta que nove em cada dez consumidores fazem uso de aplicativos financeiros para gerenciar suas finanças, o que indica forte confiança em relação aos serviços prestados.
Fintechs devem priorizar educação financeira e IA, revela pesquisa
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Equipe Propague
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Um estudo recentemente divulgado pela Plaid e pela The Harris Poll revelou como os consumidores estão utilizando as fintechs e quais as percepções e expectativas em relação aos serviços prestados por elas.

De acordo com a pesquisa, denominada “The Fintech Effect” (O Efeito Fintech,na tradução direta), cerca de sete em cada dez consumidores esperam que as fintechs foquem na educação financeira, a fim de ajudá-los a se manter disciplinados para atingir seus objetivos financeiros de forma mais rápida.

A publicação identificou, ainda, que a inteligência artificial (IA) pode contribuir tanto para a segurança dos usuários, ao ser utilizada para autenticação de identidade, como para uma análise mais precisa de risco de crédito.

Para chegar a essas e outras conclusões, as empresas ouviram cerca de dois mil clientes de aplicativos de finanças nos Estados Unidos, contudo, os resultados da pesquisa podem refletir o que ocorre no segmento de fintechs em outros países.

Quando a pesquisa começou a ser publicada, em 2020, as fintechs ainda estavam emergindo. De lá para cá, a adoção e o uso aumentaram substancialmente durante e após a pandemia de Covid-19, o que resultou em nove a cada dez pessoas usando algum tipo de aplicativo financeiro.

Além disso, em média, um usuário utiliza de três a quatro aplicativos para gerenciar sua vida financeira, e 90% dos entrevistados acreditam que as fintechs os ajudaram a poupar tempo, dinheiro e a se sentirem mais amparados em relação às suas finanças.

Confiança nas fintechs cresce em relação aos bancos tradicionais

Outra percepção do estudo é de que, apesar dos grandes bancos possuírem um alto índice de confiança, alcançando 87% dos respondentes, as fintechs já estão em um patamar de segurança bastante elevado, alcançando 80% dos entrevistados.

Ademais, existe uma confiança crescente na abertura de contas em instituições financeiras que não sejam bancos convencionais.

Na avaliação dos autores, isso sinaliza uma mudança progressiva nas percepções dos consumidores, à medida que a tecnologia financeira se torna mais enraizada no cotidiano das pessoas.

Mais da metade dos indivíduos ouvidos (56%) afirmou que recorre a ferramentas financeiras digitais para se informar e acompanhar o seu dinheiro, principalmente em tempos de juros altos e inflação, sendo que 84% dessas afirmam que estão em melhor situação devido ao uso dessas ferramentas.

Esses consumidores falaram, ainda, que as fintechs os ajudam a compreender melhor seus gastos, a progredir em direção aos seus objetivos financeiros pessoais e a sentir menos estresse e ansiedade em relação às suas finanças.

Ademais, 55% dos respondentes disseram que dependem das soluções fornecidas pelas fintechs como auxílio para enfrentar os desafios relacionados à inflação.

A importância da oferta de pagamentos digitais conta a conta

Em todo o mundo, os pagamentos bancários digitais nativos estão emergindo como uma nova forma de as pessoas pagarem por bens e serviços utilizando fundos das suas contas bancárias.

No entanto, apesar da grande aceitação, levando em consideração as demandas dos que responderam à pesquisa, ainda existe bastante espaço para as fintechs e os bancos avançarem nessa direção.

Conforme o estudo, 67% dos respondentes poderiam priorizar transações diretas conta a conta, a exemplo do Pix e débito automático, caso se sintam mais seguros e obtenham menores taxas nesses serviços.

Dessa forma, as fintechs que ainda não dispõem de pagamentos nessa modalidade não deveriam adiar mais a adoção e a oferta dessa modalidade.

Para alcançar o sucesso nessas modalidades, é preciso comunicar com assertividade as condições financeiras dos serviços e oferecer benefícios ou recompensas para os clientes. Em resumo, o apelo está na conveniência, segurança e menores taxas.

Clientes anseiam por automação e personalização

Por fim, o estudo confirmou o potencial da IA para revolucionar os serviços financeiros, especialmente no que diz respeito à personalização e automação.

Nesse sentido, 60% dos respondentes acreditam que essa tecnologia retransformará a prestação de serviços financeiros pelas fintechs nos próximos cinco anos.

Para 53% dos consumidores, o maior benefício virá da redução de custos, seguido da solução de problemas de atendimento ao cliente (51%), oferta de consultoria orçamentária (50%) e, ainda, de educação financeira (49%).

Além disso, embora 60% dos entrevistados esperem que as fintechs utilizem a IA para uma abordagem mais personalizada, como recomendações em tempo real, a maioria não está preparada para um futuro totalmente digital.

Na verdade, sete em cada dez prefeririam rever as decisões financeiras da IA antes de confiar a tomada de decisões em seu nome à tecnologia.

 

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