Swift poderá integrar Drex a outras CBDCs

Os resultados dos testes realizados confirmaram a possibilidade de transferir ativos tokenizados entre diferentes blockchains, garantindo uma interoperabilidade globalmente segura e abrindo oportunidades para a Drex.
Swift poderá integrar Drex a outras CBDCs
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Equipe Propague
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O Swift, atualmente a maior cooperativa global de mensagens financeiras, acaba de divulgar os resultados de experimentos feitos em sua plataforma que facilitam a transferência de ativos tokenizados entre múltiplas blockchains.

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Com isso, será possível, por exemplo, conectar o Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil, a qualquer outra moeda digital de banco central (CBDC na sigla em inglês). Assim, será possível superar os atuais desafios de interoperabilidade entre ativos digitais de redes distintas, tanto públicas como privadas, e com perfis e funções de liquidez diversas.

Sem a ferramenta do Swift, investidores e instituições financeiras, que precisam negociar ativos digitais de diferentes blockchains, necessitam primeiramente construir e estabelecer conexões entre cada plataforma para só então proceder com as operações. Isso, por sua vez, cria desafios operacionais e custos significativos.

Contudo, os experimentos revelaram que, agora, tais negociações podem ser concluídas apenas por meio da infraestrutura do Swift.

Swift mira interoperabilidade global e segura

Em comunicado, o Swift explica que os experimentos integram a sua estratégia para assegurar uma interoperabilidade segura globalmente, à medida que aparecem novas tecnologias e plataformas.

Essas experiências são fruto do trabalho empreendido nos últimos anos com o propósito de mostrar como a infraestrutura do Swift seria capaz de ajudar o setor financeiro a interconectar CBDCs e outros ativos digitais com sistemas de pagamentos existentes e emergentes. O que se observou, como resultado, foi um avanço significativo na realização de pagamentos internacionais mais seguros, rápidos e baratos, se comparados aos moldes atuais.

Nesse contexto, Tom Zschach, diretor de Inovação do Swift, afirma que a interoperabilidade surge como o foco de todos os esforços da empresa para possibilitar um fluxo contínuo de valor em todo o mundo perante a fragmentação crescente que se observa.

Porém, ele avalia que para que isso aconteça, e a tokenização alcance o seu potencial máximo, as instituições financeiras precisam ser capazes de se alinhar perfeitamente com todo o ecossistema financeiro.

Nesse sentido, emenda o executivo, os experimentos do Swift revelaram que sua infraestrutura é confiável, segura e pode funcionar como um ponto central para a conectividade, promovendo a tokenização e ajudando a liberar globalmente suas potencialidades.

Experimentos envolveram mais de uma dúzia de instituições financeiras

Para chegar aos resultados apresentados, o Swift trabalhou em conjunto com mais de 12 grandes instituições financeiras e infraestruturas de mercado, assim como contou com o apoio da Chainlink, uma plataforma de serviços Web3.

Entre essas instituições estavam, por exemplo, o Australia and New Zealand Banking Group Limited (ANZ), BNP Paribas, BNY Mellon, Citi, Clearstream, Euroclear, Lloyds Banking Group, SIX Digital Exchange (SDX) e Depository Trust & Clearing Corporation.

Para tal, os testes aconteceram por meio de três tipos diferentes de transferências utilizando ativos tokenizados simulados:

  1. Transferência de ativos de uma carteira para outra, ambas usando a mesma rede de tecnologia de contabilidade distribuída (DLT);
  2. Entre uma blockchain pública e privada;
  3. Entre duas carteiras usando blockchains públicas diferentes.

Nesse processo, a Chainlink atuou como uma importante interface corporativa para conectar de forma segura a rede do Swift à rede Ethereum Sepolia. Ao passo que o Protocolo de interoperabilidade entre cadeias da Chainlink (CCIP na sigla em inglês) possibilitou a completa interoperabilidade entre a blockchain de origem com a de destino.

Conforme o Swift, no decorrer dos trabalhos, buscou-se especificamente descobrir as demandas técnicas e de design das relações entre blockchains e a função de um protocolo de interoperabilidade para garantir a transferência compatível de dados.

Complementarmente, também foram consideradas as áreas de privacidade e governanças de dados, responsabilidade legal e risco operacional.

Por fim, o Swift anunciou que continuará a trabalhar com a comunidade financeira global visando compreender os casos de uso mais concretos para a adoção de ativos tokenizados e priorizará seus esforços nesse sentido.

 

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