Open Banking se fortalece e uso deve aumentar 470% globalmente até 2027

A expectativa se baseia no crescimento de chamadas via APIs, solução que facilita o compartilhamento de dados entre as instituições. Embora o destaque fique para a Europa, é na América Latina onde estão as maiores oportunidades.
Open Banking se fortalece e uso deve aumentar 470% globalmente até 2027
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Equipe Propague
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Mediante intervenções regulatórias e o interesse das fintechs em implementar práticas de finanças abertas, o Open Banking amadureceu muito no mercado europeu, com as iniciativas nessa direção se acelerando em outros países, a exemplo do Brasil.

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Prova disso é que um novo estudo da Juniper Research, envolvendo os principais analistas do mercado financeiro, revelou que o uso do Open Banking deverá crescer quase 470% nos próximos quatro anos, com o número total de chamadas via API (sigla em inglês para Interface de Programação de Aplicativos) – solução que facilita o compartilhamento de informações e dados entre as instituições financeiras e os provedores terceirizados – ultrapassando 580 bilhões até 2027, ante apenas 102 bilhões projetados para 2023.

Esse movimento se confirma, explica a publicação, pelo fato de o Open Banking ter sido revolucionário tanto para os bancos como para os provedores terceirizados. Sobretudo no caso desses últimos, pois os ajudou a estender o escopo de suas ofertas além de apenas serviços bancários para outras áreas com recursos aprimorados.

O que impulsiona o interesse pelo Open Banking?

O estudo concluiu que o forte interesse em novas soluções baseadas em Open Banking vem sendo impulsionado pelo desenvolvimento de serviços personalizados de acordo com as preferências e/ou limitações econômicas dos clientes.

Um bom exemplo são as ferramentas gerenciamento de finanças pessoais e acesso à conta para solicitação de crédito, pois os usuários buscam cada vez mais obter melhor controle de suas finanças em diferentes contas.

Ainda de acordo com a pesquisa, a personalização dos serviços também é perceptível na área de pagamentos digitais, onde comerciantes e clientes realizam transações por meio de comércio eletrônico, que possui o maior número de casos de uso do Open Banking.

Ao mesmo tempo, acrescenta, isso inclui o suporte a novas formas de moedas (por exemplo, criptomoedas), bem como outros meios de transação, como carteiras e cartões digitais.

Protagonismo europeu

Quando se analisa a participação de países e regiões no avanço previsto para o uso global do Open Banking até 2027, a publicação destaca que a Europa responderá por 70% do total das chamadas de API no período em questão.

Para os autores da pesquisa, o continente europeu ostenta o conjunto de conexões de API mais bem estabelecido em comparação a qualquer outra região no mundo, tendo implantado os trilhos do Open Banking como parte do PSD2, sigla em inglês para Diretiva de Serviços de Pagamentos em sua segunda edição.

Agora, mais do que nunca, o que se observa é que as implantações estão se tornando mais avançadas e abrangendo um número maior de serviços bancários, como cartões de crédito ou hipotecas, criando oportunidades significativas para os fornecedores explorarem.

Conforme disse Nick Maynard, coautor do estudo, a Europa liderou o caminho para o Open Banking no mundo e é um exemplo de como as abordagens lideradas por reguladores podem estimular a inovação.

Contudo, ele ressalva que na qualidade de um mercado amadurecido, a taxa de crescimento da Europa cairá em comparação com outras regiões, mas ainda servirá como um centro de inovação para o desenvolvimento do Open Banking.

Open Banking tem na América Latina enorme oportunidade de crescimento

Por outro lado, chama a atenção a expectativa de crescimento do número de chamadas de API no âmbito do Open Banking na América Latina. Segundo a pesquisa, o volume deverá aumentar mais de 1.270% entre 2023 e 2027, gerando, portanto, oportunidades significativas.

No contexto regional, a publicação destaca que o acesso mais amplo às APIs e a conscientização mais forte do consumidor impulsionarão o crescimento no uso do Open Banking, bem como lançamentos adicionais, como na Colômbia.

Na mesma direção, segue o Brasil, onde em menos de três anos da adoção do sistema de finanças abertas, o país avançou a passos largos, lançando, além do Open Banking, o Open Investment e o Open Insurance, alcançando o estado mais avançado de abertura das finanças com o Open Finance.

 

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